sábado, 28 de novembro de 2009

Jogos Olímpicos no Brasil


O Brasil inteiro dançou, cantou e pulou, comemorando a escolha do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Durante uma semana, as mazelas sociais, o impasse do pré-sal e as crises no Senado e na economia foram esquecidas.

Todas as cidades que já sediaram as Olimpíadas desenvolveram-se extradiordinariamete. O Rio já está virando um canteiro de obras, mesmo com todos seus luxuosos hotéis, não tem, ainda, capacidade para receber todos os turitas; o Maracanã, que já foi o maior estádio de futebol do mundo, precisa passar por várias reformas. A Cidade Maravilhosa ainda não está pronta para os jogos.

Infelizmente, um dos problemas que preocupa as autoridades brasileiras é a violência no Rio de Janeiro. Entretanto, há outro problema com dimensões bem maiores e com consequências inimagináveis: se em uma semana de comemorações o povo pareceu estar vivendo no melhor país do mundo, quem pode caucular até onde irão a impudência e inescrupulosidade dos políticos brasileiros em um mês inteiro sem estar sobre os olhares insipientes e insolentes da nação?

Se até 2016 o povo não perder o costume de pensar só em festas, o Brasil será o melhor país do mundo para quem o vê, e um dos piores para quem nele vive.

domingo, 22 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

A hipocrisia entristece o brasileiro


Não se pode datar quando nasceu o "jeitinho brasileiro", nem medir sua fama e o quanto a mesma difama internacionalmente a imagem da nação. Todavia, há como entender o motivo do mesmo vir conglomerando-se dentro do território brasileiro.

Contextualizando-se o cenário contemporâneo nacional, pode-se perceber dois lados, não de uma moeda, mas de uma ideologia. Em um, encontram-se as classes média e pobre, em outro, a minoria detentora da maior parte do tesouro nacional. No primeiro, há uma vontade animalesca de passar para o outro lado, de mudar de "realidade", de ser uma espécie de espelho para os que não têm nada ou pouco tem, e, para isso, os fins justificam os meios; roubar, iludir, matar e ser hipócrita são atitudes indispensáveis para se alcançar o outro nível, a outra parte.

No segundo, a classe rica, que compra, usa, enjoa e descarta o que quer, e quando quer. Desfrutador da mesma liturgia do restante da população, o topo da pirâmide econômico-social também quer sempre mais, não escolhe os meios e só pensa nos fins, e o pior, serve de exemplo para aquelas outras classes que não têm nada, pois não possuem tudo o que querem.

Faltam modos, ética e educação à população inescrupulosa que parasita no país, e sobra hipocrisia, que, assim como as enfermidades, a violência e a fome, entristece o cidadão.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A afetividade como expressão de vida


As relações afetivas podem variar de acordo com o tempo, lugar e cultura na qual elas estão inseridas. Não há um padrão que se deve seguir em um relacionamento, cada indivíduo possui suas qualidades, seus defeitos, seus anseios e descontentamentos.
Já virou uma tendência entre os jovens, não só especificamente aqui no Brasil, o conceito de "ficar". Para alguns, há uma imensa diferença entre essa concepção e a de namorar, já para outros, ambas devem estar ininterruptamente ligadas, completando-se. Enfim, a diferença entre o "ficar" e o namorar é relativa, mas pode-se classificar o primeiro como um ato sem compromisso, apenas uma forma de saciar um desejo efêmero; e é com essa concepção que jovens vão às festas e "ficam" com quatro, cinco, ou até mais garotas, em um curto intervalo de tempo. Isso não é errado, pois no ato de "ficar" não há firmação de um compromisso de fidelidade, justificam-se os, vulgos, "pegadores". Mas, se agora já é notável tal excentricidade, daqui a pouco fazer sexo também será só por prazer, e apenas por isso.
Diferente de "ficar", namorar é firmar um compromisso, é deixar que outra pessoa tenha acesso aos seus sonhos, suas virtudes, seus conceitos, e é claro, saber tudo isso do companheiro ou companheira. Namorar é enamorar-se, é aceitar o outro como ele é, é estar apaixonado, é preocupar-se com o outro assim como em si mesmo, é doar-se, respeitar e ser respeitado. É o início de um grande vínculo de reciprocidade e afetividade; é uma expressão de vida.
"Ficar" ou namorar, eis a questão. Não importa a escolha, e sim o resultado dela, e para isso é importante saber escolhê-la e conduzi-la ao final esperado, caso contrário, o fim de uma relação frustrada pode levar ao mais terrível dos sentimentos; o da rejeição.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Novo acordo ortográfico - vantagens e desvantagens

O novo acordo ortográfico, que busca unificar o modelo da língua portuguesa nos países que a adotam como língua oficial, já é vigente no Brasil desde janeiro de 2009. Para os brasileiros, apenas 0.5% das palavras foram alteradas, já para Portugal e os demais países lusófonos, 1,6% do vocabulário foi modificado.
Com o novo acordo a língua escrita fica mais próxima da língua falada, o que faz com que os alunos errem menos, como também, serve para aproximar a língua do limite inatingível da perfeição. Além disso, a unificação do padrão gramático aproxima ainda mais as relações políticas internacionais dos países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Contudo, a mudança não é vista, também, por ser algo apenas positivo. Nota-se que já está havendo uma grande dificuldade em implementá-la em algumas camadas sociais. Outrossim, é visível o choque que as escolas estão sofrendo; a mudança não passou por um período de transição, ela foi imposta e já vigorada, fazendo com que os dicionários fossem reformulados de imediato.
O novo acordo ortográfico significa uma evolução da linguagem, um golpe nas mentes conservadoras e, acima de tudo, um desafio que a cada momento vai se tornando mais construtivo para as relações sociais e políticas.