sábado, 21 de novembro de 2009

A hipocrisia entristece o brasileiro


Não se pode datar quando nasceu o "jeitinho brasileiro", nem medir sua fama e o quanto a mesma difama internacionalmente a imagem da nação. Todavia, há como entender o motivo do mesmo vir conglomerando-se dentro do território brasileiro.

Contextualizando-se o cenário contemporâneo nacional, pode-se perceber dois lados, não de uma moeda, mas de uma ideologia. Em um, encontram-se as classes média e pobre, em outro, a minoria detentora da maior parte do tesouro nacional. No primeiro, há uma vontade animalesca de passar para o outro lado, de mudar de "realidade", de ser uma espécie de espelho para os que não têm nada ou pouco tem, e, para isso, os fins justificam os meios; roubar, iludir, matar e ser hipócrita são atitudes indispensáveis para se alcançar o outro nível, a outra parte.

No segundo, a classe rica, que compra, usa, enjoa e descarta o que quer, e quando quer. Desfrutador da mesma liturgia do restante da população, o topo da pirâmide econômico-social também quer sempre mais, não escolhe os meios e só pensa nos fins, e o pior, serve de exemplo para aquelas outras classes que não têm nada, pois não possuem tudo o que querem.

Faltam modos, ética e educação à população inescrupulosa que parasita no país, e sobra hipocrisia, que, assim como as enfermidades, a violência e a fome, entristece o cidadão.

Um comentário:

  1. Muito interessante... Adorei e linguagem, um texto adequadamente formal. Parabéns rapaz ^^

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